Segundo Ato .
domingo, 20 de fevereiro de 2011
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Eu realmente não me contento com um simples e direto ‘se você pensa assim, o problema é seu’. É, não me contento. Muito pouco pra mim. Verdade que o problema é seu, mas só até determinado ponto. A partir do momento em que você resolve dizer o que pensa a respeito de alguém, e principalmente, opta por dizer isso a outras pessoas, o problema deixa de ser só seu. E particularmente, acho muito digna essa atitude de dizer o que se pensa a respeito de determinada pessoa. É... muito digno mesmo. Mas por outro lado audacioso demais. Sabe por quê? Aquela famosa analogia do João bobo: você bate, ele cai. Mas ele volta. E é onde peca a maioria das pessoas: elas olham o João bobo aparentemente indefeso e inofensivo e metem a porrada neles sem se preocuparem ou se darem conta de que eles voltam. E é essa a linha tênue que separa a audácia da tolice. Quando se faz afirmações tendenciosas como essas o mínimo que se precisa são fatos ou evidências concretas que fundamentem suas afirmações. Pois bem, o João bobo volta. E agora ta aí a minha volta:
1) “Para mim sua amizade comigo é pura conveniência.”
Sério Rafael? Você pensa mesmo assim? Bom, segundo o dicionário da língua portuguesa, conveniente é tudo aquilo que represente interesse, vantagem material e/ou social. Agora me responde uma coisa? Que interesse, vantagem material ou social sua amizade me proporciona? Nenhum. Talvez seja exatamente o contrário. Eu até arrisco dizer que 90% das pessoas do seu atual círculo de convivência foram consequência da nossa amizade. Se VOCÊ não tivesse se aproximado de mim na escola, talvez VOCÊ não conhecesse metade das pessoas que conhece. VOCÊ não teria metade dos amigos que você tem. Então acho que a hipótese de conveniência social nós podemos descartar, ne? Já a hipótese de conveniência material nós não vamos nem discutir, porque ne? Dispensa comentários as inúmeras vezes que já saímos sem que você tivesse um centavo no bolso. Eu acho realmente contraditório escutar que eu me relaciono com você por conveniência enquanto desde o principio quem forçou amizade foi você. Faça a proporção das pessoas que você já me apresentou com as que eu te apresentei. Impossível, ne? Não existe fração de denominador zero! É... Questão de matemática. Mas enfim, com fatos não se discute. Mas como só um absurdo na noite não seria o suficiente, você me solta outro:
2) “Você para mim é uma incógnita.”
Não, de verdade, essa foi a que mais doeu nos meus ouvidos. Então quer dizer que eu sou uma incógnita? Ok, sou uma incógnita! Mas é... quem disse mesmo? Rafa quem? Ah, ta! O garoto que brotou aqui na cidade ninguém sabe de onde, que já fez um tour pelo país inteiro criando problemas em todas as cidades que morou, filho de uma mãe que faz não sei o quê e de um pai que parece só existir na imaginação dele! Le-gal! Falou o Sr. Transparência!
3) “Você não é meu amigo de verdade.”
Ah, não? Por que mesmo? Porque eu não te escuto e porque os conselhos que te dou qualquer mendigo pode dar, não é? Agora falou o Sr. Amigo modelo! Uma coisa que aprendi desde muito novo é a jogar fora o que não presta e a guardar somente sentimentos bons. Quanto aos ruins, só faço questão de guardar o aprendizado. Por isso, poderia citar 10 bons motivos que fazem de você um bom amigo. Mas muitos poucos que digam o contrário. Não há espaço pra mágoas no meu coração. Mas daí a dizer que você é um modelo, é um salto muito grande. Então baixe a sua bola porque o fato de eu não reclamar nada com você não quer dizer que eu não tenha nada do que me queixar. Só quer dizer que eu tenho habilidades suficientes para lidar com suas imperfeições. Uma delas é que te acho extremamente mentiroso. Já até pensei que pudesse ser patológico, sério. Não tem um dia sequer que qualquer pessoa conte algo perto de você, que você não tenha algo de mais sinistro que tenha acontecido com você para contar. Mas eu nunca me importei com isso porque é uma característica sua e você não vai mudar. E o mais incrível é que você mente sem mudar a cara. Diversas vezes já te disse que eu sabia que você estava no fundamental quando estudamos juntos. Mas você insistia em dizer que estava no médio. Isso sem falar de quando você disse já ter pago a inscrição da prova de seleção da marinha. Você acha mesmo que eu acreditei? Essas coisas são burocráticas demais, dependem de divulgação de editais e eu não sou nenhum bobo. Mas mesmo assim, na hora fingi acreditar para não render assunto. Mas meu objetivo não é te acusar de nada e sim, te mostrar que você não é nenhum amigo modelo. Longe disso.
4) “Você não confia nos seus amigos.”
Quem é você pra me dizer uma coisa dessas? Uma pessoa que mentiu a idade pras pessoas nas quais dizia ser ‘amigo’ por mais de um ano? Se enxerga, só isso que te falo.
Bom, Rafael... Eu até poderia ter dito tudo isso somente a você. Mas como você também colocou em questão as minhas atitudes para com os MEUS amigos, eu acho justo me defender em público. Por isso resolvi postar no blog. Mas uma pessoa verdadeira e transparente como você não vai nem se importar com isso, eu tenho certeza! E já que nos relacionamos com as mesmas pessoas e frequentamos os mesmos lugares, sugiro que haja no mínimo respeito entre a gente para que convivamos no mínimo civilizadamente. Eu respeito a sua opinião e você respeita ‘a minha. Conviveremos bem assim. E embora eu tenha dito tudo isso e mesmo que amizade seja um sentimento que não vai mais existir entre a gente, eu não sou ingrato a ponto de não reconhecer os inúmeros momentos em que você foi meu amigo. Não vou me esquecer de quantas lágrimas você já secou, quantos problemas você já ouviu, quantas risadas você já me arrancou, quantos conselhos você já me deu, de quando ficou comigo no hospital, das vezes que choramos juntos, da música que me mandou, enfim... Foram muitos momentos bons e eu até poderia ficar aqui questionando o motivo disso tudo ou onde foi que eu deixei a desejar enquanto fomos amigos. Mas como já dizia uma das minhas escritoras prediletas, não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento… Obrigado por tudo e desculpa por também não ter sido perfeito. Se cuida, garoto!
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Homens e Mulheres
- Ele é real. Muito real. Sem mencionar que ele é muito bonito e moralmente íntegro. Se chama Luca, é arquiteto, um homem bem definido, capaz de ter emoções maduras e amor profundo. Coisas das quais você não sabe nada. – alfinetou Alice.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Fora
Se você fizer alguma coisa que me chateie, por menor que seja essa coisa, eu vou transformar isso numa catástrofe e vou ficar remoendo a história na sua cabeça até você se desculpar e fizer algo que me agrade. Embora na maioria das vezes, nao demonstro de imediato que nao gostei de determinada situação. Eu costumo dar corda para saber até onde a pessoa vai. E no final, elas se enforcam.
Por isso, fique longe de mim!
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Pequenos grandes momentos...
sábado, 16 de outubro de 2010
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Saudades daquele tempo...
“Saudade: lembrança nostálgica e ao mesmo tempo suave, de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de tornar a vê-las ou possuí-las.” Dicionário Aurélio
Saudades da comida da minha avó, do prometido sorvete de creme com cobertura de chocolate depois da aula, dos almoços de domingo com a família reunida. Saudades de tirar aquele 10 na prova depois de passar a noite estudando, de passar de ano direto e chegar em casa se sentindo a criança mais feliz do mundo por poder dormir até mais tarde quase dois meses seguidos, de poder brincar de pegador na rua até altas horas. Saudades da época em que achava meu pai o cara mais ‘fodão’ do mundo, dos beijos de boa noite da minha mãe, do xarope de beterraba que ela fazia todas as vezes que minha garganta ameaçava inflamar, de poder tomar refrigerante somente aos fins de semana. Saudades do tempo em que ganhava 10 reais e me sentia o cara mais poderoso do mundo, saudade de ficar de castigo no final de semana. Saudade das estrelinhas ‘você brilhou!’, do primeiro amigo de escola, da primeira advertência. Saudades do Papai Noel, do coelho da páscoa e da fada do dente. Saudades daquele tempo...
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Metáfora da Alma
“Me inspira, me alimenta, me excita, me tranqüiliza, me perturba, me mata.”
Hoje sinto que acordei diferente. Sinto um vazio maior e ao mesmo tempo, melhor do que aquele que habitualmente costumara sentir. Porém, concordemos que vazio não é uma coisa muito legal em nenhum dos sentidos possíveis que a palavra possa vir a assumir. Meio contraditório, talvez. Pois é! Ultimamente tenho me apegado ás contradições também. Na verdade, se for mesmo possível, acabei me apaixonando pela personificação da mesma. Ás vezes no meio da noite de meus sonos mal dormidos, na hora em que talvez mais me concentre na escuridão de minhas incertezas, é a hora em que mais me dou conta daquele espaço sobrando. É como se sentir um quebra-cabeça com uma peça a menos. Tento incessantemente acreditar que aquele quebra-cabeça está completo, mas quando olho... Ah, quando eu olho! Percebo que falta a parte mais importante. É como em uma peça de teatro onde a platéia aguarda ansiosa pelo desfecho, mas as cortinas se fecham de repente, sem um final lógico. Vez por outra em uma constante busca, sinto ter encontrado aquela peça que aparentemente é tão insignificante, mas ao mesmo tempo se faz de uma importância extraordinária. Mas não. Ela sempre se encaixa por muito pouco tempo. É, é isso. Tempo. É só uma questão de tempo pra eu perceber que aquele espaço vazio vai permanecer ali. Perceber que aquela peça se perdeu em algum lugar da minha história e que aquele vazio, de tão abstrato que já foi um dia, se concretizou. Faz parte de mim agora. Mas o que me motiva é saber que hoje acordei melhor. Talvez tenha alguém muito especial por trás disso. Alguém que provavelmente não é a peça que falta no meu quebra-cabeça, mas indiscutivelmente preenche um pouco desse vazio. Como um fragmento. Sim, pequenas frações. Pequenas frações de bons momentos, de boas recordações, como o ruído de um sorriso daqueles bem espontâneos, sabe? Aqueles sem nenhum motivo aparente. Pequenas frações de beijos ritmados e doces. Pra mim, você é como um copo de água gelado em dia de calor. Me sacia e me acalma. Mas a água não mata toda a minha sede. Vejo-me preso ao oposto. É como a noite e o dia, só que separados. A sede mesmo, eu mato com uma boa dose de destilado. Daqueles que se bebe com um gole só. É! Você pra mim é isso: uma garrafa de conhaque. Daquelas nas quais não se recusa um drinque. Perto de você eu sou só um alcoólatra. E você, aquele restinho no fundo da garrafa que restou da noite anterior. Queria conseguir te consumir aos poucos, mais devagar, com mais calma. Mas me parece tão difícil... Sempre tenho a sensação de estar desfrutando da minha última dose de você. Você me excita, me faz sentir intenso, fértil. Faz-me sentir vivo. Admito já ter pensado algumas poucas vezes em como seria o nosso ato. Como seria chegarmos juntos ao orgasmo e ver-te retorcer de prazer entre meus braços. Depois, bem devagar transpassar a minha língua por entre teus lábios e sentir cada movimento, cada toque. Agora sim poder sentir teu ritmo. Sentir em cada parte, em cada pedaço teu, o gosto do nosso sexo consumado. Imagina-se então quando te vejo... Ah, quando eu te vejo! Chego a ter crises de abstinência. Ai que vontade que dá de sentir o teu gosto, de sentir os teus quase que imperceptíveis tremores que deixas escapar enquanto lhe beijo, de ver a profundeza daquele teu olhar intrigante e vago. De sentir aquelas malditas borboletas na barriga quando te toco. De sentir uma vez mais aquela imensa vontade de gritar, mas logo conter-me por querer sempre aproveitar mais e melhor o nosso tempo. Ai que vontade de sentir tua boca na minha, meus olhos nos teus, de chegar ao auge de nossas emoções e sensações. Sentir tua respiração tímida e ao mesmo tempo ofegante em minha face. Ai que vontade de você! Sabe, meu amor... Por um curto e intenso período de tempo você me faz bem. Mas me mata aos poucos. Espero que você seja só mais uma dessas peças que não se encaixam. [...]
30/05/2010
Confesso que se tivesse finalizado meu texto logo quando o iniciei, provavelmente ele teria um outro final. Pra falar a verdade nem sei ao certo como seria, mas faria o que agora meu pudor e sensatez não me permitem. Ah, meu bebê! A verdade é que eu não sou digno de você! Queria conseguir falar que você foi e é muito importante, que você é especial, que você me deixa bem. Felizmente quando chega o dia, o sol nasce. Quando tudo se tornava muito insuportável, era você, minha linda fonte de água pura e cristalina, que me fortalecia, que me renovava e me acalmava. Não sei se é egoísmo da minha parte, mas tenho muito medo da minha fonte ter secado. Embora não consiga ficar sem minha dose semanal de conhaque, é a água que me é essencial.
Ontem acordei de ressaca. Preciso de água. Tenho medo de olhar minha fonte e constatar que ela secou. Afinal, foram tantas as fontes que já se secaram... Também tenho medo de quando não puder mais resistir, não ter mais minha dose de álcool. Enfim, estou de ressaca. Ressaca de você. Mas ressaca... Ah, ressaca sempre passa. Dessa vez não vai ser diferente, não pode ser diferente. NÃO ME AGUENTO MAIS.