Texto iniciado em 26/05/2010
“Me inspira, me alimenta, me excita, me tranqüiliza, me perturba, me mata.”
Hoje sinto que acordei diferente. Sinto um vazio maior e ao mesmo tempo, melhor do que aquele que habitualmente costumara sentir. Porém, concordemos que vazio não é uma coisa muito legal em nenhum dos sentidos possíveis que a palavra possa vir a assumir. Meio contraditório, talvez. Pois é! Ultimamente tenho me apegado ás contradições também. Na verdade, se for mesmo possível, acabei me apaixonando pela personificação da mesma. Ás vezes no meio da noite de meus sonos mal dormidos, na hora em que talvez mais me concentre na escuridão de minhas incertezas, é a hora em que mais me dou conta daquele espaço sobrando. É como se sentir um quebra-cabeça com uma peça a menos. Tento incessantemente acreditar que aquele quebra-cabeça está completo, mas quando olho... Ah, quando eu olho! Percebo que falta a parte mais importante. É como em uma peça de teatro onde a platéia aguarda ansiosa pelo desfecho, mas as cortinas se fecham de repente, sem um final lógico. Vez por outra em uma constante busca, sinto ter encontrado aquela peça que aparentemente é tão insignificante, mas ao mesmo tempo se faz de uma importância extraordinária. Mas não. Ela sempre se encaixa por muito pouco tempo. É, é isso. Tempo. É só uma questão de tempo pra eu perceber que aquele espaço vazio vai permanecer ali. Perceber que aquela peça se perdeu em algum lugar da minha história e que aquele vazio, de tão abstrato que já foi um dia, se concretizou. Faz parte de mim agora. Mas o que me motiva é saber que hoje acordei melhor. Talvez tenha alguém muito especial por trás disso. Alguém que provavelmente não é a peça que falta no meu quebra-cabeça, mas indiscutivelmente preenche um pouco desse vazio. Como um fragmento. Sim, pequenas frações. Pequenas frações de bons momentos, de boas recordações, como o ruído de um sorriso daqueles bem espontâneos, sabe? Aqueles sem nenhum motivo aparente. Pequenas frações de beijos ritmados e doces. Pra mim, você é como um copo de água gelado em dia de calor. Me sacia e me acalma. Mas a água não mata toda a minha sede. Vejo-me preso ao oposto. É como a noite e o dia, só que separados. A sede mesmo, eu mato com uma boa dose de destilado. Daqueles que se bebe com um gole só. É! Você pra mim é isso: uma garrafa de conhaque. Daquelas nas quais não se recusa um drinque. Perto de você eu sou só um alcoólatra. E você, aquele restinho no fundo da garrafa que restou da noite anterior. Queria conseguir te consumir aos poucos, mais devagar, com mais calma. Mas me parece tão difícil... Sempre tenho a sensação de estar desfrutando da minha última dose de você. Você me excita, me faz sentir intenso, fértil. Faz-me sentir vivo. Admito já ter pensado algumas poucas vezes em como seria o nosso ato. Como seria chegarmos juntos ao orgasmo e ver-te retorcer de prazer entre meus braços. Depois, bem devagar transpassar a minha língua por entre teus lábios e sentir cada movimento, cada toque. Agora sim poder sentir teu ritmo. Sentir em cada parte, em cada pedaço teu, o gosto do nosso sexo consumado. Imagina-se então quando te vejo... Ah, quando eu te vejo! Chego a ter crises de abstinência. Ai que vontade que dá de sentir o teu gosto, de sentir os teus quase que imperceptíveis tremores que deixas escapar enquanto lhe beijo, de ver a profundeza daquele teu olhar intrigante e vago. De sentir aquelas malditas borboletas na barriga quando te toco. De sentir uma vez mais aquela imensa vontade de gritar, mas logo conter-me por querer sempre aproveitar mais e melhor o nosso tempo. Ai que vontade de sentir tua boca na minha, meus olhos nos teus, de chegar ao auge de nossas emoções e sensações. Sentir tua respiração tímida e ao mesmo tempo ofegante em minha face. Ai que vontade de você! Sabe, meu amor... Por um curto e intenso período de tempo você me faz bem. Mas me mata aos poucos. Espero que você seja só mais uma dessas peças que não se encaixam. [...]
30/05/2010
Confesso que se tivesse finalizado meu texto logo quando o iniciei, provavelmente ele teria um outro final. Pra falar a verdade nem sei ao certo como seria, mas faria o que agora meu pudor e sensatez não me permitem. Ah, meu bebê! A verdade é que eu não sou digno de você! Queria conseguir falar que você foi e é muito importante, que você é especial, que você me deixa bem. Felizmente quando chega o dia, o sol nasce. Quando tudo se tornava muito insuportável, era você, minha linda fonte de água pura e cristalina, que me fortalecia, que me renovava e me acalmava. Não sei se é egoísmo da minha parte, mas tenho muito medo da minha fonte ter secado. Embora não consiga ficar sem minha dose semanal de conhaque, é a água que me é essencial.
Ontem acordei de ressaca. Preciso de água. Tenho medo de olhar minha fonte e constatar que ela secou. Afinal, foram tantas as fontes que já se secaram... Também tenho medo de quando não puder mais resistir, não ter mais minha dose de álcool. Enfim, estou de ressaca. Ressaca de você. Mas ressaca... Ah, ressaca sempre passa. Dessa vez não vai ser diferente, não pode ser diferente. NÃO ME AGUENTO MAIS.
“Me inspira, me alimenta, me excita, me tranqüiliza, me perturba, me mata.”
Hoje sinto que acordei diferente. Sinto um vazio maior e ao mesmo tempo, melhor do que aquele que habitualmente costumara sentir. Porém, concordemos que vazio não é uma coisa muito legal em nenhum dos sentidos possíveis que a palavra possa vir a assumir. Meio contraditório, talvez. Pois é! Ultimamente tenho me apegado ás contradições também. Na verdade, se for mesmo possível, acabei me apaixonando pela personificação da mesma. Ás vezes no meio da noite de meus sonos mal dormidos, na hora em que talvez mais me concentre na escuridão de minhas incertezas, é a hora em que mais me dou conta daquele espaço sobrando. É como se sentir um quebra-cabeça com uma peça a menos. Tento incessantemente acreditar que aquele quebra-cabeça está completo, mas quando olho... Ah, quando eu olho! Percebo que falta a parte mais importante. É como em uma peça de teatro onde a platéia aguarda ansiosa pelo desfecho, mas as cortinas se fecham de repente, sem um final lógico. Vez por outra em uma constante busca, sinto ter encontrado aquela peça que aparentemente é tão insignificante, mas ao mesmo tempo se faz de uma importância extraordinária. Mas não. Ela sempre se encaixa por muito pouco tempo. É, é isso. Tempo. É só uma questão de tempo pra eu perceber que aquele espaço vazio vai permanecer ali. Perceber que aquela peça se perdeu em algum lugar da minha história e que aquele vazio, de tão abstrato que já foi um dia, se concretizou. Faz parte de mim agora. Mas o que me motiva é saber que hoje acordei melhor. Talvez tenha alguém muito especial por trás disso. Alguém que provavelmente não é a peça que falta no meu quebra-cabeça, mas indiscutivelmente preenche um pouco desse vazio. Como um fragmento. Sim, pequenas frações. Pequenas frações de bons momentos, de boas recordações, como o ruído de um sorriso daqueles bem espontâneos, sabe? Aqueles sem nenhum motivo aparente. Pequenas frações de beijos ritmados e doces. Pra mim, você é como um copo de água gelado em dia de calor. Me sacia e me acalma. Mas a água não mata toda a minha sede. Vejo-me preso ao oposto. É como a noite e o dia, só que separados. A sede mesmo, eu mato com uma boa dose de destilado. Daqueles que se bebe com um gole só. É! Você pra mim é isso: uma garrafa de conhaque. Daquelas nas quais não se recusa um drinque. Perto de você eu sou só um alcoólatra. E você, aquele restinho no fundo da garrafa que restou da noite anterior. Queria conseguir te consumir aos poucos, mais devagar, com mais calma. Mas me parece tão difícil... Sempre tenho a sensação de estar desfrutando da minha última dose de você. Você me excita, me faz sentir intenso, fértil. Faz-me sentir vivo. Admito já ter pensado algumas poucas vezes em como seria o nosso ato. Como seria chegarmos juntos ao orgasmo e ver-te retorcer de prazer entre meus braços. Depois, bem devagar transpassar a minha língua por entre teus lábios e sentir cada movimento, cada toque. Agora sim poder sentir teu ritmo. Sentir em cada parte, em cada pedaço teu, o gosto do nosso sexo consumado. Imagina-se então quando te vejo... Ah, quando eu te vejo! Chego a ter crises de abstinência. Ai que vontade que dá de sentir o teu gosto, de sentir os teus quase que imperceptíveis tremores que deixas escapar enquanto lhe beijo, de ver a profundeza daquele teu olhar intrigante e vago. De sentir aquelas malditas borboletas na barriga quando te toco. De sentir uma vez mais aquela imensa vontade de gritar, mas logo conter-me por querer sempre aproveitar mais e melhor o nosso tempo. Ai que vontade de sentir tua boca na minha, meus olhos nos teus, de chegar ao auge de nossas emoções e sensações. Sentir tua respiração tímida e ao mesmo tempo ofegante em minha face. Ai que vontade de você! Sabe, meu amor... Por um curto e intenso período de tempo você me faz bem. Mas me mata aos poucos. Espero que você seja só mais uma dessas peças que não se encaixam. [...]
30/05/2010
Confesso que se tivesse finalizado meu texto logo quando o iniciei, provavelmente ele teria um outro final. Pra falar a verdade nem sei ao certo como seria, mas faria o que agora meu pudor e sensatez não me permitem. Ah, meu bebê! A verdade é que eu não sou digno de você! Queria conseguir falar que você foi e é muito importante, que você é especial, que você me deixa bem. Felizmente quando chega o dia, o sol nasce. Quando tudo se tornava muito insuportável, era você, minha linda fonte de água pura e cristalina, que me fortalecia, que me renovava e me acalmava. Não sei se é egoísmo da minha parte, mas tenho muito medo da minha fonte ter secado. Embora não consiga ficar sem minha dose semanal de conhaque, é a água que me é essencial.
Ontem acordei de ressaca. Preciso de água. Tenho medo de olhar minha fonte e constatar que ela secou. Afinal, foram tantas as fontes que já se secaram... Também tenho medo de quando não puder mais resistir, não ter mais minha dose de álcool. Enfim, estou de ressaca. Ressaca de você. Mas ressaca... Ah, ressaca sempre passa. Dessa vez não vai ser diferente, não pode ser diferente. NÃO ME AGUENTO MAIS.
Então né Júnior, dessa vez você se SUPEROU ! Sério, tudo tudo que você disse tem tudo haver, você se expressou super bem e mesmo sendo sobre vc deu pra me identificar.
ResponderExcluirDentre muitas partes, curti demais essa ;
"Tempo. É só uma questão de tempo pra eu perceber que aquele espaço vazio vai permanecer ali. Perceber que aquela peça se perdeu em algum lugar da minha história e que aquele vazio, de tão abstrato que já foi um dia, se concretizou."
Enfim , tá de parabéns!
adorei seu texto!!!!vc escreve super bem..tudo q eh feito com o S2 fika bonito..
ResponderExcluirPutz , voc escreve muito bem :T parabens guri HUASUHASHU . pena q eu sou meiu burrinho :s ai eu não sei o q eu comento ! seiq ficou muito bom ! :DD Best q mandou eu ler !
ResponderExcluirEu gosto muuuito de escrever tambem , e acho que no fim todo mundo consegue se identificar com alguma coisa que aconteceu na vida de outra pessoa . eu acho isso mt legal , compartilhar experiencias e sentimentos . eu gostei =D
ResponderExcluirAiin que deliciia de textoo.
ResponderExcluirDeliciia de texto mesmo, senti o gosto dele.
;)
Está vendo? Falei que você escreve bem... Agora é só se empolgar e escrever sempre.
ResponderExcluirParabéns. Abraço!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirmuito bom isso! parabéns!
ResponderExcluirGostei d+ Juniorr, se continuar melhorando assim...
ResponderExcluirParabens!
Gostei muiito mesmo, me identifiquei em varias partes.E como eu disse pra vc, impossivel ler só uma vez...
ResponderExcluirParabens mesmoo,vai longee =)
Queremos mais o/
ResponderExcluirAdoreeei cara! Muito bom! *-* conheço esse menino aí de cima O.o do fotolog rs. Mundo pequeno. Beijos!
ResponderExcluircomo sempre !! surpriende =)
ResponderExcluirPorra, mais do que esperado. Gostei de verdade!
ResponderExcluirMedo da minha fonte ter secado [2].
ResponderExcluirMas sempre passa mesmo. Sempre passa. |=
Nossa Junior! Nem imaginava vc escrevendo tudo isso..gostei d+
ResponderExcluirEsse post é um dos melhores que eu já li e olha que eu leio muito. Você escreve muito bem. Já to seguindo e espero que continue postando.É incrível como você usa as metáforas e brinca com as palavras. O texto é sobre você e sobre um pouco de cada um, vi minha vida em algumas partes. Espero ansiosamente pra ler mais. Parabéns!
ResponderExcluirNoossa ! Valeu, gente ! ( :
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir=O, sem palavras para descrever algo tão emocional... O que a falta de alguem pode fazer com nós. Que faz nosso coração bater mais forte, um lugar a ser completado. Sim, uma simples pessoa pode fazer muita coisa com nossos sentimentos.
ResponderExcluirParabéns, adorei *--*